Este blog foi montado com o intuito de retratar experiências de professores de SwáSthya Yôga que dedicam suas vidas a praticar, ensinar e difundir esta fantástica filosofia de vida.



domingo, 15 de junho de 2008

Um problema de comunicação




Nenhum modelo de administração de tarefas e compromissos funcionará sem uma mudança na maneira como se entende a comunicação entre as pessoas.

A primeira constatação é a de que a mente, embora seja uma ferramenta sofisticada de compartilhamento de informações se comparada com as utilizadas pelas demais espécies, ainda assim é imperfeita.

A comunicação humana se realiza através de um elaborado e avançado sistema de símbolos sonoros denominado linguagem verbal. Porém, lembremos que o termo símbolo é definido pelos dicionários como repre-sentação; aquilo que, por um princípio de analogia formal ou de outra natureza, substitui ou sugere algo. Ou seja, trata-se de interpretação da realidade, dos fatos, e passível de distorções. Em verdade, toda a emissão de informação sofrerá sempre um coeficiente maior ou menor de deformação no seu entendimento por parte do receptor.

A segunda comprovação é a de que a gigantesca maioria das atividades cotidianas, através de toda a vida, submeter-se-á, em um grau maior ou menor, às ações de outras pessoas, numa imensa rede de interdepen-dência, o que é, no nosso ponto de vista, o segredo do sucesso evolutivo humano. Mas, também é a origem da maior parte dos conflitos entre pessoas.

Uma solução para a má comunicação

Bilhões de pessoas sofrem diariamente por todo o mundo, com problemas no compartilhamento de informações. Organizações perdem bilhões de dólares pelo mesmo motivo.

Ingenuamente, cada um de nós acredita fielmente que:

· possui um eficiente sistema interno de emissão de instruções, pareceres e solicitações;

· as pessoas com as quais se comunica tem um competente mecanismo de recepção de informações.

Pois destas duas crenças originam-se quase todas as decepções, aci-dentes, conflitos e perdas nas existências humanas.

A razão é a inerente subjetividade e dispersão na comunicação entre as pessoas. Deste modo, simplesmente, o outro não entende o que você diz.

No universo da gestão do tempo, quase 90% das tarefas dependerão de que outras pessoas entendam, exatamente, o que você deseja delas.

Portanto, para evitar atrasos, esquecimentos e conflitos, é fundamental que:

· Jamais acredite que o receptor entendeu sua mensagem.

· Ou que você entendeu a mensagem do emissor.

· Nunca faça solicitações apenas verbais. Remeta e-mail, confirme por telefone e, se possível, confirme o recebimento da solicitação pessoalmente. Defina um prazo-fatal e anote em sua agenda.

· Não acredite na sua comunicação. Requisite que o receptor des-creva a solicitação. Em 90% das vezes, você identificará distorções de entendimento. Corrija. E solicite a redescrição da tarefa.

· Ao solicitar um prazo-fatal para outra pessoa, não creia que ele tenha alguma noção sobre o que isso significa. Ou que ela tenha qualquer idéia sobre como gerenciar o tempo. Mantenha controle sobre o dia-a-dia do receptor, lembrando-o da tarefa e do prazo-fatal.

· Ao receber uma tarefa, não acredite na eficiência da comunicação do emissor. Tome a iniciativa de repetir o que ouviu. Peça e-mail para reforçar. Negocie um prazo-fatal levando em conta o seu desejo de eficácia: existem dezenas de outras tarefas e compro-missos na sua agenda que devem respeitar datas-limites.

· Anote na sua agenda a tarefa. Marque o prazo-fatal. Dimensione a tarefa dentro do tempo planejado. Jamais deixe a ação transformar-se numa emergência. Urgências não devem ocupar mais do que 10% do seu tempo. Coações matam. E pior se for você quem as criou por falta de planejamento.

· Planeje. Planeje. Planeje.



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