Este blog foi montado com o intuito de retratar experiências de professores de SwáSthya Yôga que dedicam suas vidas a praticar, ensinar e difundir esta fantástica filosofia de vida.



segunda-feira, 9 de junho de 2008

A saudável transgressão



Apesar da má conotação atribuida à palavra “transgressão”, podemos destrinchar esse conceito e descobrir que o ato de transgredir não significa necessariamente agredir. Vamos encarar o transgressor como alguém que ousa fazer diferente.

Uma pessoa transgressora é aquela que manifesta uma espécie de inconformismo com a passividade, um questionamento analítico às regras impostas - que o faz tomar atitudes que podem fugir do padrão social observado. Não se trata, porém, de rebeldia. Estamos falando de uma pessoa lúcida que sabe enxergar possíveis falhas que passaram desapercebidas e adotar caminhos diferentes. Se uma pessoa passiva é considerada uma ovelha, o rebelde seria uma ovelha negra. O verdadeiro transgressor, contudo, sequer é uma ovelha!

Observando atentamente o comportamento social humano, percebemos que existem vários tipos de transgressões, e vários motivos para tanto - e nem todos são necessariamente prejudiciais à sociedade e aos outros seres humanos, como freqüentemente se supõe. Podemos considerar que não há nada de errado com isso. Exercer a transgressão de modo saudável é analisar se aquilo que é considerado “normal” e “comum” também será a melhor escolha para si. O fato de uma opinião ou um hábito ser comum não faz deles o melhor para você.

O ato de assumir suas próprias opiniões e defender um ponto de vista, um hábito ou uma vida diferente requer coragem, e pode gerar atritos entre o indivíduo e sua família, amigos e sociedade. Mesmo não sendo esse o objetivo, deve-se ter consciência que as mudanças realizadas na própria vida podem não ser compreendidas pelos demais – mesmo que não gerem nenhum mal por si sós.

Por exemplo: optar por uma carreira que rompa paradigmas, adotar hábitos alimentares distintos ou cultivar um modelo diferente de relacionamento afetivo podem gerar surpresa nos “expectadores”, mas nada com o que não se possa lidar. Não é necessário que o indivíduo se coloque à margem da sociedade para se assumir. Fazendo-o com maturidade, ganha-se o respeito alheio por suas decisões pessoais. Quantas vezes não observamos empresários bem-sucedidos que são verdadeiros transgressores em seu setor, por terem tido a audácia de fazer o que nunca havia sido feito antes?

Quem sabe pensar “fora da caixinha” vai mais longe. Cabe somente a nós descobrir o que realmente nos faz feliz.



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