Quando criança, conseguimos enxergar o universo ao nosso redor sem a pretensão do julgamento e por isso vivemos na infância com tamanha magnitude. A intensidade da entrega nesta época de nossas vidas antecede de qualquer receio. Choramos até impetrar o alívio. Alimentamo-nos no tempo de nossa real fome e de forma a atingir a saciedade. O sono é adequado ao nosso relógio biológico. Todas as manifestações orgânicas e vitais ocorrem de forma natural e espontânea.
Aos vinte e cinco anos e há oito anos imersa no SwáSthya Yôga, experimento, cada vez mais, as melhores reminiscências vividas e experimentadas na infância obrarem em mim. Resgato por meio de técnicas corporais, respiratórias, de concentração e descontração o que havia sido “esquecido” e submerso no devaneio bruto do tempo.
Torna-se tangível a qualquer momento a satisfação por simplesmente ser e estar. Contento-me com o singelo ato de respirar corretamente. Sensibilizo-me com o que o meu corpo pede para ser nutrido. E se o coração palpita por algum anseio, sei escutá-lo e permitir-lhe o tempo que necessita.
Vivemos dias únicos e cada momento é peculiar. Entrego-me à companhia de seres especiais chamados amigos. Vejo com olhos de criança a beleza que há no olhar de quem ama e transfiguro o medo de não conhecer o que está por vir.
Henry Miller, em um de seus momentos de grande lucidez, escreveu: “Tudo é mudança, vibração, criação e recriação”. A vibração é a energia criadora, presente em cada ser humano e que nos permite perceber o espaço e o tempo em sua honra e inocência.
Considero a arte da sensibilidade possível a todo ser humano. Intuir o mundo e o que está a nossa volta é fundamental para a verdadeira felicidade. Antes de passar para os planos invisíveis, quero evoluir a ponto de tornar-me essencialmente criança com a experiência de quem ousou, criou e recriou.
Renata Drummond
A experimetação da suas reminiscências é algo que deve ser mágico em voce...o sentir, o escutar, o perceber, o ter!
ResponderExcluirNo entanto o que há de mais belo nisso tudo é o seu ser, que se apresenta numa simplicidade tão magnifica que a torna ou a(RÊ)-torna criança, na essência feliz de uma fase que ficou...e nós aproveitamos isso, essa raridade!
te adoro florida(tb!!)
Ritinha