Este blog foi montado com o intuito de retratar experiências de professores de SwáSthya Yôga que dedicam suas vidas a praticar, ensinar e difundir esta fantástica filosofia de vida.



sexta-feira, 19 de março de 2010

Más que un sabor





Es mi primer día en este lugar. Esto me genera, a decir verdad, bastante ansiedad. Conoceré personas que, como yo, se sienten atraídas por esta filosofía ancestral y milenaria. Mis expectativas no son claras; sólo tengo el presentimiento de que será algo bueno.
Una puerta se abre y junto con el cálido recibimiento de una amable persona, me invade un aroma especial que me remonta a tiempos de la antigüedad.
Sin preguntar de dónde proviene aquella fragancia, camino por un pasillo donde veo, expuestos en las paredes, certificados de instructores y fotos de quien más adelante conoceré: el Maestro DeRose.

El aroma se intensifica más. Todavía no termino de identificarlo. Algo caliente, dulce y con una pizca de picante. Finalmente descubro que proviene de un termo rodeado de personas que se agrupan en torno a él, como si fuera el protagonista de esa sala de té.
Observo cómo los alumnos degustan la bebida. Algunos mojándose apenas los labios y otros tomando sorbos largos. Puedo ver en sus rostros una notable satisfacción.  Ahora, uno de esos pequeños vasos cargado de incertidumbre llega a mi mano.
Huelo su perfume y automáticamente me empapo de una agradable fragancia; como una bomba de aromas, descubro el azúcar, la canela, algo picante que, me explican, es jengibre. Y sólo con ese pequeño sorbo, siento que se me abre el pecho, respiro más profundo y recién al tragarlo mi garganta se libera. En los segundos siguientes asimilo el sabor y descubro una sensación agradable que me invita a servirme otro poco.

Me cuentan que sostengo en mis manos un té milenario, llamado chai, que ha llegado a mí, como a muchos otros, a lo largo de la historia transmitido de generación en generación y cargado de relatos y anécdotas que, seguramente más adelante conoceré.




segunda-feira, 8 de março de 2010

Transcrição de uma aula ao vivo com o Mestre DeRose de 10 de maio de 2005.



A história da Índia e do Yôga se confundem imensamente. O prórprio criador dessa filosofia prática de vida é um personagem dos mais remotos mitos criados naquele território. Academicamente podemos nos reportar até o terceiro milênio antes de Cristo, ou seja, cinco mil anos atrás. Entretanto, muitos autores chegam a situar as origens do Yôga e da civilização dravídica que o criou em períodos ainda mais distantes nas areias do tempo.

Os drávidas, integrantes da atualmente conhecida como civilização harappiana, eram uma etnia autóctone do noroeste da Índia, de pele negra e de baixa estatura. Tinham como visão de mundo uma ótica naturalista e matriarcal. Nesse período proto histórico, pré clássico, pré vêdico e pré ariano surgiu um homem com uma inteligência cinética acima do normal. Ele era o bailarino real (Natarája) e seu nome entrou para a história e para a mitologia como Shiva, o auspicioso.

A arte de Shiva recebeu posteriormente o nome de Yôga, que significa união e, ao longo dos séculos, sofreu muitas adaptações e transformações. A principal delas ocorreu por volta de 1.500 a.C. por conta da ocupação ariana. Os áryas eram povos guerreiros sub bárbaros provenientes das estepes geladas da Europa. Eram loiros e de alta estatura. Foi aparentemente para evitar a miscigenação entre drávidas e áryas que o sistema de castas foi criado. Apesar dos esforços em eliminá-lo, essa organização social sobrevive até os dias de hoje.

Os arianos eram predominantemente naturalistas nesse período, sendo assim o Yôga manteve sua raíz sámkhya, mas por serem guerreiros, o povo invasor era patriarcal, logo a raíz matriarcal dos drávidas foi aos poucos sendo eliminada, até tornar-se secreta.

Com o passar dos anos, a integração dos arianos no subcontinente indiano se torna completa e entre os séculos VIII e III a.C. são compilados os Vêdas e as Upanishads. É exatamente no final desse período que Pátañjali escreve o célebre Yôga Sútra, um tratado que codifica o Yôga Clássico, fazendo com que, apesar das alterações, a filosofia dos drávidas seja aceita pelos arianos invasores e permitindo que ela pudesse chegar até nós.

É também no final desse período que a Índia vê surgir Gautama, que se torna o Buddha, e dá origem a principal dissidência do Hinduísmo: o Budismo.

O que se segue é uma sucessão de invasões, destruições e reconstruções. Em 326 a.C. Alexandre, o grande chega da Grécia pelo mesmo caminho que os arianos haviam trilhado dois mil e oitocentos anos antes. Tem início a helenização do Yôga. Simultaneamente, a invasão persa também ali instala a sua cultura.

Os períodos seguintes são marcados pelas invasões dos hunos em V d.C. e dos árabes em VIII d.C. Tem início a hunificação e islamização do Yôga. É nessa fase da história indiana também que o Tantra ressurge do obscurantismo, dando início a toda uma revitalização de artes que se inspiram pela filosofia matriarcal. Surgem a magia tântrica, o budismo tântrico, a alquimia tântrica, etc.

Por volta do ano de 1.100 d.C., a linhagem dos Natha-Siddhas também se apropria do ressurgimento da cultura sensorial e dá origem ao Hatha Yôga. Nessa fase também se vê a divulgação da filosofia de Bhadarayana, o Vêdánta e tem início uma conversão em massa da população indiana ao espiritualismo.

Os turcos e os afegãos também invadem aquele território no século XII d.C. mas são os mongóis que deixam uma profunda marca na imagem da Índia em todo o mundo. Foi um rei mügal (mongol) Cha Jahan que cronstruiu o Taj-Mahal, uma das maravilhas do mundo moderno.

Com a invasão portuguesa em XVI d.C. e inglesa em XVII, tem início a cristianização da Índia e do Yôga. Foi essa a versão que chegou para nós no ocidente. Mas a filosofia prática do oriente que mais se tornou conhecida em nossas terras foi a visão dos hippies ocidentais, cristãos e lisérgicos da década de 60 do século XX d.C.

O inusitado fato que fez com que confirmou a existência de um Yôga anterior à invasão ariana de 1.500 a.C. foi o de James Manson, um desertor do exército inglês, ter encontrado umas ruínas no deserto. O arqueólogo Alex Cunningam teve acesso aos diários de Manson e, 20 anos depois, conseguiu levantar fundos para uma escavação no sítio que se revelaria a maior descoberta desde o túmulo de Tutancamon: as cidades de Harappa e Mohenjo-Daro.

Assim, podemos chegar a conclusão inequívoca de que a índia foi o país mais invadido de toda a história. Sua geografia era estratégica no sentido militar e comercial. Isso foi um grande chamariz dos impérios ao longo dos séculos, fazendo da Índia a jóia do oriente. 




terça-feira, 2 de março de 2010

Autoconhecimento através do outro



É fundamental escolhermos o ambiente, uma vez que seremos influenciados por ele, quer gostemos ou não. Será o nosso alimento para a vida, e seremos também nós próprios alimento desse ambiente. Existe uma reciprocidade inevitável.
Tantra, a filosofia matriarcal, sensorial e desrepressora que serve como base ao comportamento do Yôga antigo, define-se, entre outras formas, como o autoconhecimento através do outro, porque somos, literalmente, parte desse outro. As relações humanas constituem uma ferramenta fundamental para o autoconhecimento.
É interessante saber também que Yôga significa união. Em primeira instância, união do homem consigo mesmo e depois, com o universo que o rodeia.
Vemos que tanto o Tantra (antiga filosofia comportamental) como o Yôga (antiga filosofia prática) deixam muito clara a importância de escolher a companhia e as egrégoras com as quais vamos interagir.

Tradução: Sonia Monteiro
Foto: em Saquarema 2004