Este blog foi montado com o intuito de retratar experiências de professores de SwáSthya Yôga que dedicam suas vidas a praticar, ensinar e difundir esta fantástica filosofia de vida.



terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Surpresas agradáveis





Você sabe o que é surpreender-se todos os dias com seu aprimoramento?

Perceber em si próprio novidades, habilidades, funções, alguma coisa interessante ou bonita a seu respeito?

Não é vaidade, delírio ou loucura. É o fato de estar satisfeito consigo mesmo e encantado com a vida!

Este encanto sobre a vida é o resultado de viver uma vida plena. E a vida plena se conquista quando se vive conforme suas legítimas convicções em direção à realização de seus próprios sonhos.

Estas conquistas são fáceis? Podem ser fáceis. Tudo depende de você. Se você sabe quanto lhe custou este estado de felicidade, você vai defendê-lo proporcionalmente ao custo que teve.

Hábitos saudáveis e amigos positivos sempre colaboram para alcançar esta plenitude.

Eu encontrei aos 23 anos de idade o SwáSthya Yôga, quando ainda estava no final do período de mestrado em Engenharia Civil na conceituada Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS. E desde então tenho aprendido muito.

O SwáSthya Yôga conta com um amplo leque de técnicas que podem ser classificados como hábitos saudáveis, mas é muito mais do que simplesmente isso. O SwáSthya mostra ao praticante como utilizar suas habilidades, como usar seus 5 sentidos para que as informações do exterior sejam melhor captadas. Só isso amplia as possibilidades de seu cotidiano, de sua vida e porque não dizer de seu futuro.

Como se não bastasse o que se aprende na prática destas poderosas técnicas, as escolas e instituições de SwáSthya Yôga criam um ambiente clean: sem fumo, álcool ou drogas, com pessoas inteligentes, cultas, viajadas. Assim você tem contato com pessoas dinâmicas, otimistas, alegres e tem a chance de ser impulsionado e de poder impulsionar suas vidas. É um convívio muito rico e construtivo!

Desta forma, com hábitos saudáveis e com um ambiente com amigos positivos, a cultura do SwáSthya proporciona que você se surpreenda todos os dias com seu aprimoramento! E esta cultura esta se expandindo e sendo bem aceita no mundo inteiro.


Marcelo Tessari
Instrutor de SwáSthya Yôga em New York


quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

O simples e o complexo nas relações humanas



Ah! Como são complexas as relações humanas. Frágeis e imprevisíveis, os relacionamentos determinam em grande parte o sucesso e a felicidade em nossas vidas. E se você for do tipo de pessoa que é determinada a viver para valer, então inevitavelmente precisará dominar a arte do bom relacionamento nos diversos papéis que exerce.

Para nossa sorte apesar das relações serem complexas, os princípios que as regem não são. No fundo, todos sabemos quase que instintivamente quais ingredientes não devem faltar na química dos relacionamentos. Imagino que, na sua receita, a conquista e a manutenção da confiança seria um destes ingredientes, não é verdade?

A confiança faz fluir diálogos mais verdadeiros e, conseqüentemente, nos auxilia na construção de vínculos sólidos e duradouros. Simples? Claro que não, pois conquistar e manter a confiança demanda um longo tempo, enquanto que para perdê-la bastam frações de segundo. É como se trabalhássemos durante anos empilhando uma enorme pirâmide de cartas e, por conta de um maldito espirro, víssemos os nossos esforços desmoronando, abruptamente.

Mas como evitar a incidência de tais momentos trágicos? Se você conseguir relembrar alguns desses eventos em sua vida, possivelmente notará que eles apresentam um padrão em comum: um lapso do discernimento. A mente simplesmente perde a capacidade de sustentar todos os links significativos e, de repente, "Ops! Falei sem pensar." E lá se vai a confiança que tanto nos custou para conquistar... O incrível é que esses lapsos ocorrem por conta de fatores humanos que poderiam ser perfeitamente evitados ou atenuados como, por exemplo, o cansaço físico e a instabilidade emocional. Esta condição, popularmente conhecida com o nome de stress, tem o poder de corromper o discernimento e freqüentemente nos coloca em sérios apuros. A emocionalidade estupidifica e não foram poucas as vezes em nossas vidas que, por conta de um rompante emocional tão abrupto quanto um espirro, vimos um relacionamento valioso desmoronar. Às vezes de forma irreparável.

Se por um lado os relacionamentos são complexos e imprevisíveis, por outro o stress é algo relativamente simples de ser administrado. Respirar de forma mais profunda, aprender a descontrair-se e cultivar hábitos mais saudáveis não são atividades realmente complicadas; apenas exigem um pouco de autoconsciência. Entretanto, autoconsciência não tem nada a ver com “autocontrole”. Aquele que precisa se controlar o tempo todo torna-se uma bomba de retardo e, mais cedo ou mais tarde, acaba explodindo (ou implodindo!). Autoconsciência tem a ver com sabedoria e é conquistada à medida que vamos aprendendo a fazer escolhas mais proativas, escolhas que privilegiam nossa qualidade de vida.

Aqui chegamos à conclusão inexorável: a qualidade do nosso relacionamento interpessoal começa pela qualidade do nosso relacionamento intrapessoal. Portanto, é preciso que reconheçamos a grande responsabilidade que nos cabe na construção e na manutenção de nossas relações.

Pode até parecer complexo mas, na verdade, é bastante simples. Para conquistarmos um bom relacionamento com os outros é preciso, primeiramente, que conquistemos um bom relacionamento com nós mesmos.


Ricardo Mallet


quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

O Poder da Mente






A física quântica surgiu a partir da necessidade de se fundir teorias que explicam o universo. Teorias que explicavam o relacionamento entre os astros do universo não se aplicavam ao travar contato com partículas subatômicas. Esta nova ciência tem o intuito de descobrir uma teoria que explique o todo, micro - e macroscopicamente. Que se faça valer tanto na escala dos planetas e galáxias, como na dos prótons e elétrons.

Engraçado é que a física quântica acabou por se transformar em uma ciência não tão exata. Cujos resultados são alterados de acordo com a observação. Estes cientistas passaram então a travar contato com conceitos antes não abarcados pela ciência, como o conceito de consciência. De diversos graus de consciência. A possibilidade da existência de outros universos. O poder que a mente têm sobre a matéria. Enfim, as possibilidades tornaram-se infinitas.

Já existem muitos livros bem acessíveis para os leigos neste assunto. Basta visitar uma boa livraria para encontrar diversos volumes sobre o assunto.

Mas agora vamos nos concentrar em um assunto bem específico. Um cientista japonês demonstrou, através de cristais de gelo, a forma como os pensamentos influenciam a forma dos mesmos. Quando se projetaram pensamentos mais densos, como ódio, sobre os recipientes de água, os cristais adquiriram formas disformes, aparentemente deformados. Já ao se projetarem pensamentos mais sutis, como amor, os cristais tinham formas simétricas e perfeitas, lindos.

Em outra experiência, vários personagens considerados como grandes mentes foram reunidos em volta de uma caixa preta que continha um recipiente de água com pH neutro. Um recipiente lacrado. A proposta foi de que, através da força do pensamento, estas pessoas aumentassem o pH da água lacrada dentro da caixa preta. Interessante é que o experimento resultou em sucesso em todas as vezes que foi feito.

Isto prova que nossa mente tem a capacidade de influenciar ativamente a criação e a transformação do universo. Mas mais incrível é chegar à conclusão de que através do poder da mente, pode-se criar o que quiser. Então basta desejar, e o universo nos servirá com um prato cheio do bom e do melhor.

Bem, a verdade não é exatamente esta. Em nossa sociedade somos educados para acreditarmos que somos o que pensamos. Ou que somos apenas diversos compostos químicos funcionando de forma conjunta a partir de diversos estímulos elétricos. Que horror, diga-se de passagem. O resultado disto é que todos são estimulados para utilizar apenas o processo racional e analítico da mente. Ou seja, a mente quer apenas novidades, dispersões, alimentos para que continue funcionando da forma incontrolada como a conhecemos.

Não adianta nada querer receber umas dezenas de barras de ouro, se nos instantes seguintes, já se criam todos os empecilhos necessários para que isto não aconteça. E tudo isto ainda está dentro da sua cabeça. Urge a necessidade de se educar a mente. Devemos conduzi-la, e não nos deixar conduzir como quando se leva um grande cachorro não adestrado para passear.

O Yôga Antigo, através de um sem número de técnicas distribuídas em oito feixes, tem como objetivo conduzir o praticante a um estado de híperconsciência, de megalucidez. Isto significa ultrapassar a instabilidade constante da mente, e ainda mais, torna-la uma ferramenta de evolução pessoal.

Interessante é que muitos conceitos teorizados pela física quântica são abordados de forma prática no Yôga. A mente passa a ser treinada para que se consiga manter o foco em apenas um pensamente, ou onda mental. A tal ponto que este treinamento produza o efeito de saturação mental, que culmina no acesso a níveis de consciência mais expandidos. Por outro lado, técnicas de mentalização passam a ser amplamente utilizadas para se criar diversos moldes mentais. Como fôrmas, que definem diversos aspectos da prática, tanto interna – quanto externamente.

Através de uma filosofia prática como o SwáSthya Yôga, é possível vivenciar efetivamente tais fenômenos associados ao poder da mente, e não apenas ficar restrito a teorização sobre eles.


Claus Haas
www.claushaas.blogspot.com


terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Esclarecimentos sobre o tão violentado ahimsá.



Fotógrafo: Eduardo Euksuzian
A pior agressão é aquela que perpetramos a nós mesmos.

Culpa de Gandhi! Não, não é uma música de Gilberto Gil e seu bloco carnavalesco Filhos de Gandhi; é uma simples constatação de que o alicerce da opção do Mahatma de não entrar em conflito bélico com os britânicos para obter a independência da Índia em 1947 se tornou a coqueluche do momento. É, ele mesmo, o tão comentado ahimsá, termo sânscrito que significa literalmente não injuriar ou machucar. Tem sido bastante disseminado nas mais diferentes áreas do conhecimento humano. Mais do que nunca, o voto de ahimsá se faz imprescindível, sobretudo por estarmos vivendo em tempos que carregam nas brumas de seus amanhecer, a gélida lâmina da intolerância. No entanto, é preciso que entendamos um pouco melhor o conceito, até mesmo para aperfeiçoarmos a sua utilização prática.

Conta a lenda de que um monge chamado Bôddhi Dharma tinha que levar as bases do Hinduísmo para a China. Queria ele fazer a travessia sem proteção militar, pois monge que o era, havia feito voto de ahimsá; porém, foi convencido que isso seria suicídio. Gerou-se em um conflito filosófico: tinha que cumprir o seu dharma (dever social), mas não queria ser assassinado. Sentou-se de frente para uma imagem de Shiva e permaneceu lá por semanas, sem sair do lugar, até que em dado momento a imagem se “desprende” e inicia uma dança, prontamente copiada pelo monge. Nas entrelinhas da dança, o monge estava aprendendo a se defender por meio de movimentos sutis, porém bastante eficientes. E então sentiu-se pronto para a peregrinação. Foi, e ao chegar ao seu destino, pessoas curiosas por ele ter conseguido a proeza da realização da caminhada sem armas, perguntaram à ele: como? E ele simplesmente, respondeu: de mãos vazias! O que mais tarde viria a designar o nome de uma difundida arte marcial, o karatê. Esta é uma das primeiras demonstrações de ahimsá que os carcomidos livros da história nos ensinam. Até o famoso Jiu-Jitsu (do qual sou praticante) nasceu de uma estória semelhante e também teve suas origens fundamentadas no conceito da não-violência. Por volta de 2500 a.C na Índia antiga, monges mercadores que precisavam constantemente atravessar as montanhas dos Himalayas eram freqüentemente assaltados pelos ladrões do deserto e como tinham dentro de seus princípios, a não utilização de armas, sentiram a necessidade de desenvolver técnicas de autodefesa e preservação, dando início assim a uma das mais eficazes e inteligentes artes que o mundo já conheceu. Interessante citar, a título de conhecimento e para reforçar o tema de nosso artigo de hoje, que o termo jiu-jitsu, significa arte suave. Elucidativo, não?

Dentro do nosso combatido vegetarianismo, para dar um exemplo, o ahimsá reforça a opção pessoal, visto que a compaixão para com os animais é uma das grandes razões que levam milhares de pessoas diariamente a seguir essa trilha. A não-violência, neste caso, ganha um tom ainda mais dramático (pois refere-se, em grande parte dos casos, à assassinatos completa e imensamente desnecessários), levada por exemplo, ao extremo por grande parte dos seguidores do jainismo, tradição religiosa hindu iniciada por Mahavira por volta do séc. VI a.C. A história nos conta que quando Alexandre, o Grande, invadiu a Índia em torno de 326 a.C, os jainas recusaram a se dirigir à ele enquanto não se despisse de sua armadura, o que para eles, era uma afronta a não-violência. Até hoje é possível vê-los caminhando pelas ruas com máscaras cirúrgicas (para não matar nenhum inseto com a respiração) e varrendo constantemente o chão à sua frente para não correrem o risco de esmagar qualquer tipo de vida; rejeitam vegetais arrancados pela raiz, pois isso causaria a morte de centenas de microorganismos que fazem destes alimentos suas casas. Isso sim é preocupação com qualquer tipo de vida que envolva o planeta!

Não obstante, devemos compreender que o voto de ahimsá não deve ficar limitado à esfera alimentícia e sim ser observado em todas as dimensões que compõe o que chamamos de ser racional. Em minha opinião, ahimsá é, antes de mais nada, um intenso treinamento de tapas, termo sânscrito que significa literalmente calor, arder, mas que comumente é traduzido como auto-superação, pois designa em um certo sentido, um controle sobre nossos condicionamentos. Por exemplo, desde crianças aprendemos, muito mais pela observação (e essa é uma das mais eficazes técnicas de ensino) que é normal e natural fofocar sobre a vida alheia, espargir maledicências sem necessidade, odiar o trabalho que nos dá sustento, reclamar o tempo todo de tudo e de todos, desejar que o outro esteja sempre um degrau abaixo de você, fazer mecanicamente o que não se gosta, e por final, aniquilar qualquer bichinho que cruze o nosso caminho (quem quando criança, nunca pisoteou uma formiga ou exterminou um tatu bola, simplesmente porque era o que todos faziam?). Enfim, todas as situações acima são graus diferentes da não observância de ahimsá. Portanto, para que o nosso voto seja realmente verdadeiro e transformador com relação aos animais, ele deve estar perpetrado amorficamente em nossos corações, sem qualquer restrição ou pré-conceitos, passando por pensamentos, palavras, ações e hábitos. Não pense que a tarefa é fácil, pois não é, e digo isso por experiência própria.

Permita-me escrever uma dica, algumas das que utilizo com meus alunos. Inicie a próxima semana com a idéia de aumentar a percepção com relação à violência presente em sua vida, seja ela qual for, física, mental, emocional, energética etc. Passe toda semana anotando as situações, que de uma forma ou de outra, lhe atrapalharam na disciplina do ahimsá. No final do período proposto, leia o que escreveu e escolha as que considera mais fáceis de se modificar, ou seja, aquelas nas quais provavelmente tenha agido por um impulso emocional, deixando outros atos de violência que já estão impregnados (hábitos) em você para serem resolvidos aos poucos, à medida que for sutilizando seu comportamento em pequenas ações (os pensamentos são mais difíceis e um dos conselhos é praticar meditação) do dia-a-dia.

Para terminarmos por esta edição: reflita sobre tudo aquilo que confronta os seus princípios e valores e saberá o que está lhe fazendo mal, ou de uma certa forma, quebrando o seu valioso pacto com nosso velho herói, o super ahimsá.


Fábio Euksuzian


domingo, 7 de dezembro de 2008

La cuna del Yôga




Foto: flickr, subida originalmente por Khalid Bin Ismail



¿Dónde y cómo nació el Yôga?

Las evidencias arqueológicas demuestran que el Yôga nació hace más de 5.000 años, en el entonces fértil valle del Indo (un territorio hoy compartido por la India y Pakistán) donde habitaba un pueblo de características particulares. Aquella civilización, que se conoce como harappiana, era matriarcal, sensorial y no restrictiva. Esas cualidades fueron adquiridas por el Yôga original y auténtico, y son preservadas por el SwáSthya, que es su sistematización contemporánea.

Citando al Maestro Sérgio Santos, en su libro Yôga, Sámkhya y Tantra, “El Yôga nació en la India, hace más de 5.000 años. Durante esos milenios fue siendo practicado e interpretado en el seno de diferentes culturas que lo moldearon según sus valores y conveniencias. Lo que en los orígenes era sólo un conjunto de técnicas, con el pasar de la historia fue dispersándose hasta la desintegración, fragmentándose en las centenas de tipos de Yôga que existen actualmente.”

Aquella civilización estaba principalmente conformada por la etnia dravídica, que aún existe en la actualidad, localizada al sur de la India y en Sri Lanka. Los drávidas son de baja estatura, de piel muy morena y cabellos oscuros.

Algunas esculturas y sellos hallados en la ciudad de Mohenjo-Daro (uno de los yacimientos arqueológicos más importantes de esta cultura) muestran imágenes relevantes: por ejemplo, la de un hombre sentado en una posición yôgi, al que luego encontramos dentro de la mitología hindú con el nombre de Shiva, y es considerado el primer maestro de Yôga. También se hallaron placas de arcilla que retratan y valorizan el sexo femenino, símbolo de la fertilidad de la tierra.

Los vestigios de aquel pueblo esencialmente agrícola remiten una y otra vez a la veneración de la naturaleza, en una cultura que consideraba a la mujer como una diosa, por lo que se deduce que el Yôga original existió dentro de un contexto matriarcal, no restrictivo y, por ende, que valorizaba la sensorialidad.

Un hallazgo sorprendente sobre la civilización del valle del Indo es que sus ciudades carecen de edificios o construcciones dedicadas a una religión institucionalizada. En cambio, fueron asombrosos sus avances en arquitectura, medicina (se hacían, por ejemplo, cirugías faciales con implantes), matemática (está comprobado que usaban el sistema decimal) y saneamiento urbano (cada casa tenía un baño de buena calidad e instalaciones sanitarias domésticas). Sólo dos mil años después, la civilización romana alcanzó un nivel comparable en arquitectura urbana. En relación con el Yôga antiguo, podemos entonces inferir que su carácter naturalista y técnico fue incorporado desde el origen.

¿Qué sucedió con esta gran civilización? Y… ¿por qué el Yôga se deformó tanto a través del tiempo? En un próximo post hablaremos de esto y de cómo llegó a ser incorporado al hinduismo y rescatado del olvido.

Bibliografía consultada: Yôga, Sámkhya y Tantra, de Sérgio Santos.


Natalia Sanmartín Gil


quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Saber incentivar



Fotógrafo: Leonardo Crescenti
Saber incentivar

Depois de visitar várias escolas do Brasil, baseando-me na minha própria prática e no que ia observando, em colegas e alunos, escrevi algumas páginas sobre as coreografias de SwáSthya. Estávamos em 1999 e tudo o que tinha escrito sobre essa técnica do Yôga era… três páginas! Posteriormente, num encontro com DeRose, na cidade de Porto Alegre, tomei coragem e entreguei-lhe uma cópia dessas três páginas. No dia seguinte, ele devolveu-mas com algumas anotações. Sugeriu-me que escrevesse em espanhol, a minha língua natal (aquelas três folhinhas pretendiam estar em português. Contudo, fiquei a saber, naquele momento, que estavam em portunhol). Sugeriu, também, que continuasse a escrever para publicar, proximamente, um livro.

Três anos depois, graças, em grande parte, a esse impulso inicial que eu chamaria kripá (toque que transmite força), foi editada a primeira versão de Coreografias, que de três folhas de papel tinha aumentado para 158 páginas.


Coisas que acontecem

Estávamos no escritório do DeRose, no prédio da Sede Central, a concluir a revisão da primeira versão em português, do livro Coreografias, quando comentei com ele que o título do livro em espanhol não me satisfazia e que, para a versão em português, tinha pensado num mais simples e directo. Em seguida, verbalizei-lhe o novo título. Sem pronunciar uma palavra, DeRose foi até ao seu PC, procurou um documento e mostrou-me um texto que tinha escrito nesses dias (um capítulo para um dos seus livros). No texto, recomendava ao leitor que lesse o meu livro. E o livro… aparecia com o nome que eu tinha anunciado, minutos atrás, como se fosse uma novidade.
Anahí Flores


quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Prazer e atenção



 
Tudo o que fazemos com mais consciência torna-se mais prazeroso.

Tudo o que realizamos em atitude de atenção, simplesmente, pela vivência mais intensa dos momentos, torna-se mais agradável também.

Isso em todas as áreas, irrestritamente.

Perceba que é diferente, por exemplo:
  • ouvir música e contemplar música. Apreciar uma música é um exercício de consciência, atenção, emoção e sensibilidade. Ouvir música, não: isso pode ser inclusive apenas mais dispersão.
  • jogar conversa fora e conversar mesmo, sem contar o tempo no relógio, por horas a fio desfrutando de uma boa companhia…

Reconheço que nem sempre se tem tempo disponível para parar tudo e ouvir detidamente uma música.

Sei que não é possível, para muitos, deixar o trabalho de lado e ouvir um colega.

Sei que às vezes parece não haver tempo nem para fechar os olhos e respirar, prolongadamente, deliciosamente, desfrutando a sensação do ar preenchendo os pulmões como se nada mais importasse… como se nada mais existisse.

É visível que a rotina da maioria das pessoas hoje não inclui um tempo diário de lazer descompromissado.

Mas, mesmo assim, digo que é possível reaprender a sentir.

Digo que é possível,ainda hoje, aprender a desfrutar mais dos momentos, cada um deles. Que isso é possível mesmo sem tirar um tempo exclusivo para esse fim.

Para viver mais intensamente, para sentir mais prazer todos os dias, basta uma mudança de atitude. Basta querer usufruir melhor do tempo que se tem.

Basta querer colocar mais atenção em tudo o que se faz.

Basta fazer isso de forma ativa, como uma atitude de respeito a nós mesmos e ao tempo precioso de vida que temos.

"Comecemos fazendo aquilo de que mais gostamos com mais atenção, carinho e sensibilidade, provando um sorvete atento para todos os sabores, para a textura, para as diferenças de temperatura. E terminemos ficando plenamente mais atentos ao universo infinito em belezas, riquezas e alegrias que existe a nossa volta." (Ferramentas-Livre Pensar do Yôga)

É só começar a prestar a atenção nas coisas que já fazemos, e procurar fazê-las melhor e com menos stress.

Depois podemos escolher alguns momentos do dia para valorizar, um que seja por dia para gerar prazer.

Por exemplo, ao invés de, rotineiramente, ir almoçar no mesmo lugar, com as mesmas pessoas, vá almoçar sozinho escolhendo realmente a comida que queira ingerir e fazendo-o lentamente, desfrutando mesmo a refeição.

Ao invés de andar apressadamente, levante um pouco mais cedo e preste atenção no caminho, perceba a luminosidade do dia que começa, perceba o céu, ele não estará igual nunca mais.

No trânsito escolha uma música, uma só…aquela que mexe com as suas emoções, aquela que faz lembrar quem você realmente é, lembrar daquilo que importa para você… ouça-a muitas vezes.

Sem tirar tempo nenhum do que já fazia, procure fazer melhor.

Use a rotina a seu favor, torne-a sua.

Na realidade, lembre-se que ela sempre o foi.

Perceba-a melhor, desfrute mais do que já tem em suas mãos e, a partir disso, quem sabe, pense em modificá-la…

Talvez alterá-la, no futuro, cause muito mais prazer …

Julia Rodrigues



terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Caminho das Índias



Agora em 2009 teremos um grande foco na Cultura indiana em consequentemente no Yôga. A modinha, hoje virou tendência e se incorpora ao cotidiano do brasileiro nas grandes cidades brasileiras. Termos sânscritos invadem os nossos jornais e noticiários. Satyagraha, yôga, karma entre outros termos já constituem o vocabulários dos antenados nas tendencias orientais.

A nova novela da globo Caminho das Índias, promete ser um grande facilitador da cultura indiana. restaurantes e festivais típicos já povoam os calendários de 2009. Com o Yôga não será diferente.

Fique de olho!

Saiba mais lendo um artigo anterior sobre especiarias.


Um abraço,


André Mafra