Este blog foi montado com o intuito de retratar experiências de professores de SwáSthya Yôga que dedicam suas vidas a praticar, ensinar e difundir esta fantástica filosofia de vida.



quinta-feira, 12 de junho de 2008

O valor das coisas é proporcionalmente igual a importância que você dá a elas





Porque será que um problema para você pode não ser encarado como tal por mim? Enquanto pensa, formulo outros questionamentos: quanto vale para você um almoço que reúna a familia, viajar com os amigos, um belo automóvel do ano, estar com a saúde em dia, ser menos remunerado em seu trabalho mas ter mais qualidade de vida? A resposta se encontra no titulo deste artigo: depende da importância que damos a tudo isso!

Comecemos analisando uma cédula de 100 reais dentro da estrutura social brasileira. Todos nós sabemos o seu real (ou irreal) valor dentro de nossa sociedade, mas a pergunta é: quanto ela vale pra você? Poder de compra e/ou sobre o mundo, realização de desejos e vontades, liberdade de ação ..? E isso não é somente um mero jogo de palavras, pois você é que vai definir o valor desta nota, avaliando o grau de relevância que você imputa em relação ao que ela poderá te trazer tanto em bens materiais quanto em posição social.

percebeu como muitas vezes, quando alguém nos conta que ficou nervoso com alguma situação na qual nós não ficaríamos nem por decreto, nós, muitas vezes não entendemos ou acreditamos que aquela pessoa possa ter se preocupado realmente com aquilo. Obviamente, isso acontece porque aquela situação de alguma forma possuía importância e valor para ela. Conhece-se muito os valores de uma pessoa quando se descobre sobre o que ela deposita importância.

Geralmente, em nossa profunda ignorância invejosa, costumamos dar importância àquilo que não temos, e quando a temos deixamos de fornecer a mesma. O valor por alguém ser honesto não existe para um desonesto, pois ele não se importa com o assunto. Todas as suas preocupações carregam este status porque a subsequente resolução delas sao importantes para você.

Quando era adolescente, frequentava um psicólogo que inacreditavelmente adormeceu no meio de uma de nossas sessões (tudo bem que as minhas aflições à época nao eram grandes desafíos para ele). Fiquei obviamente contrariado e resolvi parar com o trabalho de autoconhecimento por meio do outro. Ele me perguntou se eu gostaria de continuar com o trabalho em grupo, e eu respondi que não, justificando que não estava com vontade de escutar as baboseiras dos outros garotos. Então ele me disse algo que jamais esqueci: nao ache que os seus problemas são melhores (ou piores; depende do ponto de vista) do que os dos outros. Com o passar do tempo, esta frase ditamais de 15 anos, começou a ganhar mais e mais sentido para mim, à medida que entendemos que não se vive sozinho, que não somos o centro do mundo e que nem sempre as pessoas se importam com as mesmas coisas, nao significando com isso que uma ou a outra esteja certa. O que nós damos valor pode não amealhar nenhum significado para os outros e consequentemente não terá o seu valor reconhecido.

Um homem é rico na proporção de coisas que ele consegue não ter.

Henry David Thoreau

O que será então que tem valor nos días atuais? Quem decide é a sociedade. Quantas coisas e sentimentos mudaram seu valores com o fluir dos tempos? Por exemplo: se um indivíduo está inserido em uma sociedade bélica e for um soldado ou alguém que domine as artes da guerra, ele terá o seu valor reconhecido e subirá na hierarquia de relevâncias daquela sociedade.

Como isso atuaria em sua área de trabalho? Quando nomeamos alguém para determinada área, devemos saber se a pessoa qualificada entende aquele departamento para o qual foi designado como sendo importante para ele e para a empresa como um todo, pois somente assim o nomeado se aplicará a contento, consequentemnte, terá o seu trabalho reconhecido.

Temos empatia com pessoas que possuem os mesmos valores que os nossos, queremos e gostamos de tê-las ao nosso lado.

Em minha opinião, são poucas as coisas que precisamos verdadeiramente dar importância nesta vida. Perceba que em nossas vidas, superestimamos um bocado de coisas que não possuem ou nao deveriam possuir o valor que damos a elas. Suponhamos que você tenha uma bonita calça. Trabalhou duro para adquiri-la, gosta dela, no entanto ela é furtada ou estragada em uma máquina de lavar qualquer. O que você faz? Lamenta-se durante uma semana, fica de mau humor com todo mundo, desconta em alguém, chora..? Óra, é tão pura e simplesmente uma calça! Deu importância demais a ela, e por consequência ela cresceu em seu valor.

Não me entenda mal, não estou dizendo que devamos ser frios ou blasé, mas que possamos canalizar nossas energias em assuntos que realmente valham a pena. Não obstante, as coisas, pessoas ou situações que ganham importância para nós são assim pois dentro de nósum eco para isso tudo, existe aceitação para estes valores. Se faz necessária a mudança dos valores internos que por vezes de tão arraigados e incorporados, deixamos de perceber que estão atuando como filtros. Primeiro é preciso comprender os nossos valores internos, pois são eles que catalogarão o grau de importância que tudo ao nosso redor terá. Como faze-los? Analise o que vocêou não importância. Otimize aquilo que realmente tem relevância em sua existência e amenize aquilo que não deveria ter, embora muitas vezes, o mundo te diga o contrário.



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