Este blog foi montado com o intuito de retratar experiências de professores de SwáSthya Yôga que dedicam suas vidas a praticar, ensinar e difundir esta fantástica filosofia de vida.



quinta-feira, 31 de julho de 2008

Ensaio à influência




Influência, influentia. Manipulação para alguns. Tal matéria trata-se de uma excelente análise do que se exprime nos contatos sociais, que denotarão o que o sujeito-homem, tornar-se-á no decorrer de sua vida.

Influência, que tem como verbo influenciar (Ato ou efeito de influir; Poder ou ação que alguém exerce sobre outrem ou sobre certos fatos ou negócios; Prestígio, preponderância, poder ou ação sobre outro; Autoridade moral; Preponderância; Influxo; Entusiasmo). Entretanto, abarca-se, na esfera do psiquismo, mais do que simplesmente tais significados. Influências cingem o ser vivente (e talvez até os não-viventes) em orbes de pensamento, égides de idéias que, outrossim podem contribuir para o engrandecimento do homem, todavia normalmente o diminui, gerando o infortúnio do amálgama social.

O amálgama social é um fenômeno que se denota no instante em que o ser possui idéias, possui uma relativa (para o Sámkhya) personalidade e se mescla aos demais, deixando de lado suas opiniões e seus conceitos, inserindo os comuns, gerados pelo senso comum.

Todo instante, os Pensadores recebem informações e mais informações, contrárias as quais ele realmente tem como valores. Isto eu chamo de mácula social. É um instante em que, poder-se-ia desenvolver uma Grande Idéia, transmutando todos ao redor. Devido à este motivo, é incrivelmente necessário o Iniciado possuir um conhecimento social, pautado primeiramente na retórica. É tanta a força que os quais ignoram o conhecimento insipiente, que se pode sinceramente julgar-se insano, fora de razão e, em determinados grupos, herege este o qual discordou. Recordo à todos que, herege não se expressa somente como aquele que não admite a religiosidade e sim aquele que discorda, que não acredita, etc. Um dia ouvi, como um grande bate-papo informal, daqueles que aprendemos muito se possuímos tal habilidade de percepção, o Mestre DeRose citando que nós seríamos heréticos. Logo, um yôgin, para sua completa emancipação dos conceitos mundanos, deve execrar as influências. Evitar a qualquer custo o amálgama social, permanecendo são diante da turba ensandecida. Somos poucos, especialmente os quais levam realmente à sério este grande (b)ônus da consciência, que carrega consigo a missão árdua de despertar a Humanidade.

Lembro que, quando escuto músicas, especialmente por conhecer algumas poucas línguas, insiro o contexto em meus poemas e em minhas aulas (que são representações psíquicas de minha existência). Logo, também percebo que os filmes que vejo me influenciam deveras. A televisão assistida, a conversa travada, a discussão fenecida me trazem um estado de consciência. Isto depende da aparência da pessoa para você (sem demagogias meus queridos), suas intenções (no meu caso que tenho hiperestesia) e seu estilo de vida (como ela vive e seu índice de contentamento). Neste dia que escrevo tal texto, saí com uma pessoa a qual tinha intenções neutras (empaticamente falando), um bom estilo de vida e boa aparência para meus padrões. Saí em um estado de consciência mais lúcido, que me permitiu observar o que há ao redor de mim, meus paradigmas. Suportou a minha consciência para a expansão. Outro exemplo, só que negativo é que, algumas vezes, preciso conviver com pessoas as quais não possuem estas três características. Sinceramente é como andar sobre ovos todo o tempo, desde que as cumprimento, até o instante em que me vou. Com o tempo, estas pessoas “carregadas” como os místicos dizem, vão confundindo o seu psiquismo, fazendo com que se force o fenômeno de amálgama social. E daí diga adeus aos seus pensamentos elevados e planos. Conclusão bem simples: Mostra-te com quem andas e dir-te-ei quem és. Como diria o nosso celebre DeRose.


Alexandre Meireles


Um comentário:

  1. Nossa, nem sei se posso comentar aqui (pelo nivel do conteúdo, me senti pequeno...) mas gostei muito do texto Caríssimo Meireles.

    Confesso que sempre me perco com definições teóricas pormenorizadas, porém em pouco tempo o post te traga e integra como se estivesse em pé à nossa frente explanando.

    Como sempre, fico mais curioso que simplesmente satisfeito... e cada vez mais motivado.

    Grande abraço. Anísio.

    PS: espero passar a ter gradualmente mais "intenções neutras" também :)

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