Este blog foi montado com o intuito de retratar experiências de professores de SwáSthya Yôga que dedicam suas vidas a praticar, ensinar e difundir esta fantástica filosofia de vida.



sexta-feira, 18 de julho de 2008

O princípio da não-agressão






O nome dado ao conceito de não-agressão, na tradição yôgi, é ahimsá; esta norma ética pode ser interpretada como o exercício de tolerância para com os demais e consigo mesmo, procurando compreender o que há de humano em cada atitude, pensamento e emoção. A violência pode ocorrer tanto no nível físico quanto no verbal, mental e emocional. Ou seja, mesmo não tomando nenhuma ação direta contra o próximo, mas nutrindo uma agressividade em pensamentos, o yôgin deixa de cumprir esta norma ética. O reflexo de não agredir os que nos cercam torna-se cada vez mais rápido, quanto mais treinado estivermos. Entre a ação e a reação, há um curto espaço de tempo que deve ser ampliado – subjetivamente – quanto mais consciente estivermos de nossas ações. Ou seja, o yôgin se treina constantemente a reagir da melhor maneira perante uma situação inesperada, sabendo, em um curto espaço de tempo, qual atitude tomar.

A agressão não se restringe ao contato entre pessoas. É preciso aprender, por exemplo, a não agredir o meio-ambiente - através de inúmeras ações que estão ao nosso alcance e que visem a preservação de nossos recursos naturais, como a reciclagem, o consumo responsável de água, a participação em ações comunitárias, etc.

Não se deve, da mesma maneira, agredir os animais, maltratando-os ou matando-os para o consumo de sua carne.

É imprescindível, principalmente, a consciência de não agredir a si mesmo, respeitando e cuidando do próprio corpo, selecionando hábitos e alimentos, tendo consideração pelos próprios desejos e anseios. Selecionando amigos e ambientes que freqüentamos estamos praticando a não-agressão de princípios e ética individual (seria uma agressão a si mesmo, por exemplo, exercer uma profissão que contradiga diretamente seus princípios éticos). Da mesma maneira, convém saber selecionar os tipos de emoções e pensamentos dos quais nos alimentamos - se tomar cianureto agride o corpo físico, envenenando-o, alimentar o corpo mental de pensamentos depressivos ou pessimistas tem o mesmo efeito.

No código de ética do yôgin, elaborado pelo Mestre DeRose, é feita uma observação específica em relação a não agredir os colegas de Yôga, sob nenhuma circunstância. Inadmissível é aferir qualquer agressão contra um professor. Além disso, não advogar em defesa de uma pessoa agredida significa acumpliciar-se deste ato.

Para todas as normas éticas sempreum preceito moderador. No que se trata de ahimsá, é observada a diferença ente a passividade e o pacifismo. Um yôgin deve saber defender energicamente seus princípios quando for preciso, e não cultivar nunca uma atitude subserviente.



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