Este blog foi montado com o intuito de retratar experiências de professores de SwáSthya Yôga que dedicam suas vidas a praticar, ensinar e difundir esta fantástica filosofia de vida.



sábado, 2 de agosto de 2008

Reeducadora comportamental




Quando era criança e surgia a famosa questão que vou ser quando for grande (e com ser, em geral, estamos pensando qual a carreira que queremos seguir), divagava entre várias profissões. Imaginava-me fazendo várias coisas: cantando, escrevendo, dançando e tendo uma família muito grande, apesar de nunca ter relacionado essa palavra com o ser mãe; apenas com o agrupar pessoas que tivessem afinidade.

Cada sonho de profissão tinha o seu determinado tempo de vida (às vezes anos), mas acabava sempre sendo substituído por outro. Nenhum me satisfazia 100%. Afinal, tem-se que estar muito seguro em relação à escolha que vai ocupar a maior parte da vida, sobretudo tratando-se da própria. Uma coisa era verdade: queria que a minha atividade levasse as pessoas a modificarem-se. Fosse qual fosse a minha escolha, não podia passar despercebido. Tinha que levar à mudança.

Quando escrevia, imaginava-me penetrando o mundo do leitor com as palavras e deixando ali as minhas sementes. Quando dançava, desejava emocionar o espectador a tal ponto que ele quisesse juntar-se ao que eu estava fazendo. Ao optar por não comer cadáveres (decisão espontânea e eterna, que mantenho desde antes dos dez anos de idade), propus-me a, com essa atitude, contagiar os que comigo conviviam.

O fato de que, quando algo chamava a minha atenção, alguma coisa sempre se modificava dentro de mim, deixava um pensamento latente: que mudanças quereria eu desencadear nos outros? Via muita responsabilidade neste pensamento e, talvez por isso, não conseguia decidir-me.

Encontrava-me nesta dúvida quando, naturalmente, tudo se foi encaixando.

À medida que comecei a entrar em contato com o Método DeRose, os meus movimentos corporais encontraram a roupa perfeita: continuei transmitindo emoções e idéias através do corpo com as sequências coreográficas do SwáSthya Yôga. Tudo o que escrevi a partir de então, assimilou o ponto de vista de uma swásthya yoginí, e dessa forma, consegui continuar participando do mundo íntimo dos leitores através das minhas próprias palavras organizadas em novos livros. Vegetariana? Claro, sempre, e à minha volta – finalmente – pessoas com a consciência daquilo que levam à boca. Também consegui entender o conceito de família com que tinha sonhado: tratava-se da linda cultura, formada por aqueles que praticam e ensinam esta filosofia de vida.

Poder ver que várias vidas modificam-se impulsionadas pelo meu trabalho diário é o que sempre desejei. A perpetuidade está em saber que aqueles que seguiram o impulso, por sua vez, o passarão a outros e assim sucessivamente, em efeito dominó.

Pretendo deixar a minha marca na Terra através da reeducação comportamental dos que optam por estar mais próximos de mim. Transmitir, comunicar e ter a certeza de que aquilo que os meus alunos aprendem não é apenas uma coisa qualquer que eu ensinei e que eles repetem automaticamente, mas sim algo que já existia desde há milênios no inconsciente coletivo da humanidade. Um conhecimento que está no próprio ADN e que só precisa ser acordado. A principal tarefa do Instrutor de SwáSthya é, simplesmente, dar o empurrão inicial em direção ao autoconhecimento.
 

Anahí Flores
(Revisão do texto: DeRose)



3 comentários:

  1. Me encantó la nota. Siento que Anahí logró poner en palabras lo que el SwáSthya produjo en mi vida y en mi elección profesional tambien, de manera de que todos mis intereses se fueron integrando en esta propuesta más integral que es el Yôga Antiguo.
    ¡Espero a todos los SwáSthya yôgins en el V Festival internacional de Yôga de BsAs! 26, 27 y 28 de septiembre.
    Gabriela Santermer

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  2. Me siento identificada con el texto. Destacaría sobre todo la simpleza con la que Anahí despliega verdades fundamentales, que constituyen la escencia del practicante auténtico de SwáSthya Yôga.
    Instr. Raquel T. Matevé

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  3. Gracias, Gabi y Raquel, por sus comentarios.
    Me alegro que les haya gustado.
    besos!
    Anahí

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