Um grupo de alunos e instrutores de Swásthya Yôga passeava nos Jardins de Luxemburgo num Domingo de sol. Vários de nós fomos acomodando-nos em círculo, e assim começou espontaneamente um sat sanga (vocalização de mantras extroversores, acompanhados com palmas). O Mestre DeRose observava de pé, e muitos parisienses espalhados pela relva aproximaram-se para assistir.
Estávamos perante um instante que não se pode deixar passar: uma plateia cheia e receptiva. Fui para o centro do círculo e comecei a improvisar uma coreografia. O sol, o ar, as vozes dos meus companheiros e a percussão davam-me força para dar o melhor de mim. E, justamente no clímax, quando o som, o bháva -sentimento- e o movimento estavam encaixando um no outro sincronizadamente, chegou um agente da polícia e mandou-nos parar com as palmas e as vozes, alegando que pertubavam a ordem. Nós paramos e observamo-los (em parte pela surpresa, em parte para comprender a mensagem em Francês). Mas o público parisiense que se viu privado do espectáculo não hesitou em protestar: UUUHHHHHHH!!!
O círculo de praticantes decidiu unanimente retomar a melodia do mantra, desta vez sem palmas nem vozes pertubadoras, somente sussurando. O polícia aceitou. E eu reiniciei a coreografia.
Um ar de cumplicidade entre nós e o público invadiu a tarde no Jardim.
Anahí Flores
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