Foto: Martín Coltzau
Numa tarde, DeRose convidou um grupo de intrutores estrangeiros, que estavam de passagem pela cidade de São Paulo, para comer na sua casa. Naquele ano, DeRose ainda morava num pequeno apartamento, próximo da Sede Central da Universidade de Yôga. Eram instrutores de várias nacionalidades e, entre eles, estava eu. Fomos à sua casa e ofereci-me para ajudá-lo na cozinha. Fiquei responsável por lavar e cortar os brócolis. Lavei-os, cuidadosamente, e quando já estava quase a cortá-los, DeRose, com um tom sério, advertiu-me: Vais cortar tudo junto? Separa as flores e corta apenas os talos. As flores não se devem comer, porque são indigestas. Fiquei um pouco confusa perante a nova informacão. Depois veio a vergonha repentina por ter demonstrado tamanha ingnorância culinária, perante o meu Mestre. Comecei a justificar-me, balbuciando desculpas do estilo que eu já tinha aprendido assim, que na Argentina todos comem bróculos inteiros e blá blá blá. DeRose escutava-me atentamente, permanecendo em silêncio e permitindo que eu continuasse a procurar palavras para me justificar. Não demorou muito a começar a rir sem parar, enquanto exclamava: Axioma número um: não acredites!
Anahí Flores
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