Este blog foi montado com o intuito de retratar experiências de professores de SwáSthya Yôga que dedicam suas vidas a praticar, ensinar e difundir esta fantástica filosofia de vida.



quinta-feira, 2 de julho de 2009

Tirar um tempo só para você: Interessa?





Com certeza a maioria das pessoas responderia de imediato que sim.

Desta maioria quantas já tiram esse tempo?

Certamente poucas.

Das que tiram um tempo só para si, será que entenderam o “só para si” da forma como imaginei quando formulei a pergunta?

Provavelmente não.

Quando falamos com as pessoas sobre o tema, não raro podemos perceber que elas incluem aí ler um livro, viajar, ver um filme, fazer massagem, ir ao esteticista, ao cabeleireiro, fazer um curso de algo que gostem…

E não digo que isso não seja bom.

Já é muito bom quando uma pessoa sabe usar parte do seu tempo para interesses puramente pessoais, deixando um pouco de lado trabalho, rotina, stress.

Mas, acho que não se deve parar por aí.

Quando fiz a pergunta não pensei em entretenimento nem em diversão.

Pensei em momentos dedicados só para si.

Sem relação alguma com um outro… seja este outro um livro, ou um filme.

Sem exposição à mais estímulos externos do que aqueles que já atuam em nós.

Conheço muita gente que sai semanalmente com os amigos, que vai ao cinema, ao teatro, que vai para a praia rotineiramente e faz tudo isso de forma tão dispersa que não posso considerar estes momentos como “tempo para si” no sentido de que falo.

Falo de alguns instantes para se ficar sozinho mesmo.

Instantes de pura auto observação, auto-estudo e autoconhecimento.

Instantes exclusivamente seus.

Para muitos, pode ser, que isso não interesse mesmo. Pode ser que não se veja nisso algo de interessante. É uma posição válida.

Mas, de minha parte, pelo que ja vivenciei a partir disso, posso dizer: não quero que nenhum dia da minha vida se passe sem que eu possa tirar um tempo só para mim, nem um só!

É a partir disso que se pode mais facilmente evoluir, aprender, reprogramar-se mudando o curso, para melhor, daquilo que fazemos com nossas vidas.

Coisas que não se conquistam com entretenimento e diversão, mesmo que isso seja positivo para que se melhore a qualidade de vida individual.

Tenho minha rotina, tenho meu tempo de entretenimento e diversão mas repito que: acho que não para por aí.

Tenho meu tempo para dedicar a um processo de aprimoramento pessoal.

Se neste momento alguém pensar que é porque eu tenho tempo para isso, prontamente digo, já não tive…

Mas, priorizei em minha rotina esse objetivo: tempo para me desenvolver. (Na realidade a forma urgente e forte como isso se apresentou para mim fez com que até minha rotina se alterasse completamente. Para que todos os meus atos rotineiros estivessem completamente integrados com esse objetivo. Mas não precisamos ir tão longe, isso foi uma escolha pessoal…da qual não me arrependo nem um pouco)

E a questão aqui não é o tempo para destinar a isso, mas à forma como o consideramos mais ou menos importante. Se for importante mesmo o tempo surgirá… por uma simples questão de priorizar essa atividade.

No meu caso, faço isso de forma direcionada, metódica, com as práticas diárias de SwáSthya Yôga.

Existem outras formas de fazê-lo, não nego, inclusive sem um método definido.

Falo agora para as pessoas que já se interessam pelo assunto, para aquelas que já compreendem a importância e o prazer de poder se dedicar ao um processo de autoconhecimento.

Apresento uma percepção apenas do método que pratico, porque já o escolhi, considerando-o o melhor para mim (a partir da comparação com outros métodos e também pelo reconhecimento do progresso intenso, efetivo e seguro que posso notar com o método adotado).

Vejo o sádhana, a prática metódica e direcionada, como um momento de contato com o que sou, emocionalmente, mentalmente e por aí vai…

Instantes de pura observação.

Observação das minhas reações aos estímulos em todas essas áreas já citadas acima, e ainda a física…a energética…

Um tempo para reeducar ou corroborar essas reações. Percebendo como já ocorrem. Se ocorrem de forma satisfatória, ou se é necessário modificá-las.

Algo necessário para que eu possa cada vez mais me transmutar naquilo que considero louvável e bom, eticamente, fisicamente, emocionalmente, energéticamente, intuicionalmente…

Se você já faz o mesmo que eu fica aqui um empolgado estímulo: faça cada vez mais! faça cada vez melhor! apaixone-se mais por esse processo, entregue-se completamente!

Se você ainda não o faz, mas interessou-se, digo: priorize! arrume tempo para si! Digo por experiência que não irá se arrepeder nem um pouco. Que a partir disso irá ter ainda mais estrutura para fazer todas as outras coisa melhor…com mais atenção com mais foco…com mais bháva!

Se você nem se interessou, pergunto: não será agora uma boa hora para entender por que você ainda não é o foco da sua própria existência?

Se não for uma boa hora ok! Prossiga…

Se em outra oportunidade esta questão se colocar, você já sabe que tem, bem aqui, uma indicação de por onde começar!!!!



Indicação do que fazer por enquanto: Leia o post Prazer e atenção.

Mas não demore muito! Temos bastante tempo pela frente, mas não sabemos quanto!


Julia Rodrigues


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